A menina se posicionava em frente `a imensidão azul acinzentada e sorria, serena.
Se sentia um pinguinho naquele oceano que já fazia parte dela e para o qual já havia se confessado tantas vezes diante de lagrimas.
Se perdera em um outro mar, verde esmeralda, para se encontrar pela primeira vez. Dera-se conta do barulho caótico que habitava dentro de si, sozinha.
Se fez escuro e tempestade. E depois de se olhar nua e crua, reconhecendo sua pequenez diante daquele gigante, ela cresceu.
A água gélida curou suas dores e chagas. A correnteza levou-a para junto de si, e assim desenvolveu um profundo amor e respeito por ela mesma.
O mar foi seu melhor amigo por muito tempo, talvez o único. Bastava uma troca de olhares e o entendimento era instantâneo. Sua voz doce enebriava os ouvidos dela e seu cheiro a envolvia num abraco apertado que aconchegava.
Bruna amava o mar.
Com o mar Bruna aprendeu a se amar.
Dublin, 02 de Novembro de 2014.
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