28 outubro 2014

Respeito


Eu choro por profundo respeito a mim mesma, por me dar o direito de deixar o sentimento ir e vir como uma onda no mar. Eu choro porque tenho saudade de casa e por sentir que aqui ainda não constitui um lar. Mas irei! Um dia me disseram que o lar não se constitui de paredes de concreto e um teto. Ele se faz pelo coração, naquele lugar (que nem precisa ser físico) o qual nos sentimos aconchegados, onde você sempre se sente abraçado. Eu choro por essa dor no peito, essa angustia que sufoca apenas por não ter um lugar fixo para ancorar. Agora sou cidadã do mundo e ainda passarei muito tempo a navegar. Então eu choro, para que meu pranto lave minha alma e para que por dentro eu não possa me afogar.

Dublin, Setembro de 2014.

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