28 outubro 2014

Dublin rechaça, mas abraça.


Nos primeiros dias que você passa nessa cidade cosmopolita é só alegria. Música para todos os lados, tour pelos pubs mais badalados, visita aos parques famosos etc. Você ainda é um turista. Até aí a idade é linda e maravilhosa. Até que o tempo vai passando e aquilo tudo que era novidade, supra sumo vai virando rotina. E é no dia a dia que a gente realmente passa a conhecer algo ou alguém. A beleza continua lá, mas outras coisas vão aparecendo. Existe aquela carie escondida no dente lá de trás que você passa um tempão sem perceber até que um dia tu olhe minuciosamente e a descubra.
O centro de dublin é a própria carie. Impressionei-me com a quantidade de lixo (e por vezes vômito) que vi nas runas do centro às 3 horas da manhã. Cheguei a pensar que estava na Avenida Dantas barreto no Recife. Ao contrário do que muitos pensam: nem tudo são flores. E sim, há flores em todo canto da cidade! Quando a gente chega nos lugares mais afastados, nossos olhos brilham.
Eu costumo Dublin esta sempre evocando sentimentos opostos: Ao mesmo tempo que encanta, desencanta. Ao mesmo tempo que faz sol, chove. Ao mesmo tempo que te abraça, te rechaça. 

Dublin, 24 de Setembro de 2014

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