06 fevereiro 2015

Não, ninguém imagina!


Ninguém imagina o que é estar no teu lugar. Cada um com suas necessidades, sofrimentos, prazeres e desprazeres. Eu acho até bonito quando alguém cheio de compaixão olha pra mim e diz: Eu imagino o que você esta passando. Não amigo, você não imagina. Nem vai conseguir!
Nem nos meus mais loucos sonhos eu me imaginaria nesse cenário, antes de chegar aqui.
Só quem sabe o que a gente passa e sente com toda a sua intensidade é a gente mesmo. Não tem palavra que seja tão fiel.
Tem horas que o negócio pesa, dá uma vontade imensa de chorar (e aí eu choro, por respeito a mim mesma) e de jogar tudo pro alto. Mas sabe porque eu não faço? Sabe porque eu vou ficar até o fim? Porque me custou MUITO estar aqui (não só a mim) e quando digo isso não me refiro só a coisas materiais. Tem me custado muito emocionalmente e NINGUÉM pode imaginar isso. Dilma não paga as minhas contas, minhas viagens, nem muito menos me da suporte emocional e estabilidade. É o meu trabalho DURO que me proporciona isso. E é difícil, NINGUÉM imagina o quanto. O que todo mundo vê e curte é um conjunto de fotos lindas nas redes sociais, mas NINGUÉM imagina todo o esforço e dificuldade passados para se chegar ali e conseguir um ângulo bom.
Já me revoltei muito com certas situações, mas se tem uma sábia frase que eu aprendi nesses 5 meses de intercambio foi: Aceita que dói menos.
Porque quando nos revoltamos e não aceitamos estar em determinada condição de provação, há sofrimento. É como se a gente ingerisse um veneno produzido por nós mesmos, que só vai atingir uma única pessoa. Adivinha quem? Você mesmo. Então, qual o ponto em se manter tempestuoso?
Só te faz mal e se tu não tem poderes imediatos para mudar aquilo, a ira só vai te machucar. É como se você estivesse cavando o seu próprio buraco. Enquanto só dá pra ter isso, aceita que dói menos.
Ninguém é inocente, nem passa por nenhum suplício sem objetivo de crescimento. Deus é infinitamente justo e bom, não desampara nunca. É a hora de exercitar muitas virtudes. Então meus amigos: Paciência, gafanhoto. 
E aceita, que dói menos.

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