04 fevereiro 2015

Limerick, com amor!


O meu desbravamento pelo território Irlandês começou quando eu saí da tão amada e venerada Dublin. Comecei a visitar outras cidades que exalavam o que eu sempre havia imaginado encontrar na Ilha Esmeralda. Dentre estes encontra-se um lugar chamado Limerick.
A princípio só havia ouvido boatos de que era um lugar violento e, diante disso, deveria tomar muito cuidado (esse povo definitivamente não sabe o que significa violência no Brasil). Fui assim mesmo! Com a cara, a coragem e uma mochila contendo somente o necessário. Fui recebida por um amigo irlandês que foi extremamente gentil comigo do primeiro ao último segundo do nosso encontro. Senti-me aconchegada e notada como nunca havia me sentido na capital irlandesa - aqui em Dublin tu és um zé-ninguém, só mais um dentre os milhares de imigrantes  que habitam o lugar-. Houve uma troca de cultura como sempre imaginei que aconteceria num intercambio.
Sean me mostrou a cidade com outros olhos, provenientes daqueles que apreciam as coisas simples da vida como a natureza e a nossa conexão infindável com a mesma. A beleza de quem tem os olhos de ver mais além. Contou-me a história do lugar diferentemente de qualquer guia turístico, com a voz de quem lá cresceu, porque tinha algo (muito) de sua subjetividade e vivência carregadas  naquelas palavras. Me mostrou lugares que fizeram meu coração cantar e me sentir mais perto de Deus. 
Eu vi nosso Pai em cada paisagem exuberante que meus olhos presenciaram. Respirei o ar puro e fresco do interior e senti uma paz inexplicável diante daquele lago. O céu azul e os raios de sol me abraçaram  junto com a paisagem e me fizeram sentir em casa. Minha alma estava renovada! Conheci pessoas maravilhosas que me olharam nos olhos, sorriram, me contaram histórias da terra e se interessaram em saber da minha história também. Gente que é gente, os quais a gentileza faz parte de sua natureza.
Não encontrei nada do que tinham me dito que iria encontrar. Como é possível notar, tudo depende da forma de olhar.
Obrigada, Limerick! Por me proporcionar momentos tão especiais e inesquecíveis, por me tirar da névoa e distanciamento da cidade grande e por me receber de braços abertos com tanto amor. Em ti eu vi (e senti) um pouco do que é estar e viver na Irlanda.

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